Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

MEU NOME DE BABY

p'ra caralho é só blues
com a cara cheia
de whisky e porrada

não interessa
quantas putas bolivianas
carreguem a chave da cadeia

embaixo da sunga
a navalha e a conta bancária
e nenhum documento

repete o refrão do nome meu

quem disser azul é o céu
digo não entende nada
vezes nada meu amor

mas se quiser
meu nome de baby
pago até gritar de dor

quem patina no trilho do trem
é só um engano que ficou
em casa por favor

venha mais vezes
tenho prazer em beber da alma
só assim meus olhos enchem de cor

Erico y Alvim

sábado, 25 de junho de 2016

VESÚVIOS

Alegria guia magia
o fogo é uma jóia
da lágrima do olho celestial
vendo você tão mulher

todo querer completa a moeda
a imagem da amada
abre eternidades viris
quando metrópoles precipitam querubins temporários
nos matagais lancinantes
do sexo que só você imageneia
o delírio impõe
radicalidades orais
quando o rock é um deus teimoso
metalurgiando vesúvios
na busca da brasa permanente acesa na coroa do Amor
quando o grito que conta
sacudiu a única intimidade da petulância e do desfavor
aonde a sobra de alimentos é indigna
e o herói é um tipo criminal
eu nada mais tenho a fazer
mas singro os mares cravando velas gigantescas nos pontos cardeais
p'ra que a última declaração do meu Amor por você
faça ao mundo o sentido que um dia sonhei
pois sequer existo depois do Adeus que você me deu


Erico y Alvim

quinta-feira, 2 de junho de 2016

RUAS DO ARCO-ÍRIS

1. Relembrarás
da longa e negra limusine
deslizando na lembrança
da aurora colorida pela canção,
quando a juventude era o caminho
da mudança, nas estradas
cuja poeira são acordes dos sonhos
que os anjos sacudiram do arco-íris
nascido das carnes do rock'n'roll
e do amor selvagem

2. Da voz nasce uma flor cujo perfume é ouvido
(é ouvido) na distância tirando faíscas dos átomos
relembrarás, oh sim, relembrarás
dos caminhos percorridos, dos caminhos percorridos relembrarás,
pedras em fogo rolando do motor, rolando do motor pedras em fogo,
e a multidão seguindo as pistas
apontadas pelas estátuas
guitarras rumo ao céu, céu das guitarras

3. Relembrarás, oh sim, relembrarás,
o amor universal fala pela canção,
e se aprendemos na liberdade
o som da terra e a língua do vento
aceleramos pelas estradas
atravessando de amor os campos selvagens,
pelas ruas do arco-íris chegando aos céus


Erico y Alvim

SANDICES

viajando solitárias trips,
o inferno é sempre o outro
e a saída distante,
sei bem qual o limite
do crime e castigo na roleta
porque tudo se resolve 
tendo calmante e um bom scotch,
você escorrega no meu talo
rebolativos precipícios relax,
sandices internáuticas desnudam 
a personalidade da face,
solitário viajante motocicleia
estupefatas macumbas
na estrada do castelo
aonde reina o esqueleto de um navegador,
e os cachorros uivaram
quando a que dá sentido à noite não veio,
e os bêbados choram nas praças
quando cavalos de olhos vermelhos 
levam embora os suicidas do amor,
e fantasmas selvagens
voltam em carrancas de fogo
reivindicando espirituais indenizações
de quem não sabe que matou

Erico y Alvim

terça-feira, 31 de maio de 2016

NEM DA MÃE

É uma vítima da sociedade, 
rouba velhas, 
bate em mulheres

Droga arruma alguma sangue, 
trabalho coisa nenhuma 
navalha o sangue espuma

Sabe pedir sem favor 
nem da mãe recebeu amor 
toma do pobre p'ra enricar o doutor


Erico y Alvim

FUGIR DA LEI

Te amei como mendigo ama o lixo 
te roubei sem nenhum capricho 
o coração quando a loucura vier
Sua vida tão certa enterrei 
não quis saber se demônio ou rei 
só interessa morrer e fugir da lei
Pra repetir que não tenho pena 
quero aplauso cortando a cena 
o seu amor me dá força porque envenena


Erico y Alvim

MEU REDUTO

A arte livre
está morrendo,
restou apenas
esta caverna
p'ra te amar

A longa especulação
se instala,
o inquisidor
desenha sex'viagens
na prancheta

O céu avermelha
do sonho desfraldado
do anjo que navega
sobre caveiras,
sinos revoam morcegos

Harpas flamejam gritarias
aonde estátuas
mudam expressões
porque uma nova religiosidade
é centrada no amor despudorado

Ousarei outra aventura?
as muralhas erguidas
das pedras vindas da lua
não impedem o mar,
na chama eterna escrevo a despedida

certo de que só o amor
por ti a mim entregue
no bosque mágico
é a chave da outra vida:
lá, o teu lado é o meu reduto

o teu amor o levante do ser

Erico y Alvim

AS LINHAS DA MÃO VIRAM ESTRELA

O deserto de cristal
esparrama areias musicais
sobre o nosso gozo
de caçador e centaura
e entendemos
o ciúme é um anjo rebelde
- esqueleto do sonho

O amor é uma profecia
que deixa o sexo
aos números - brasas e agonia!
a bandeira tremula
inflada de gritos
e revelações
e nas areias cada gota de suor
é pérola colhida pelo demônio caolho

Cadê o sagrado?
levadas as vestes de cosmos
permanecemos com a flor intrépida
queimando e neste quadrado
solar cuja noite é uma pedra
tapando o sonho
a palidez do sol
perde o aborígene
para a TV

o homem que pintou
as paredes do céu
não pode ser cadáver
os anjos acendem nas velas
semibreves chamas de Adeus
e as serpentes urram
invadidas pela música

eu piso na brasa
com vontade
visto branco
porque o teu sexo
purifica na massagem
a minha síntese
pois as linhas da mão viram estrela
e o céu é outro

Erico y Alvim